"Precisamos de mobilizar estes indivíduos", declarou o secretário executivo do Conselho Nacional de Combate ao VIH e sida, Francisco Mbofana, numa conferência de imprensa que antecedeu o Dia Mundial de Luta contra a sida, que se assinala em 01 de dezembro.
Apesar dos números, para Francisco Mbofana a luta contra a doença em Moçambique tem mostrados "avanços", tendo em conta que nos últimos cincos anos o número de pessoas em tratamento duplicou.
"Em 2015, tínhamos um pouco mais de 800 mil pessoas em tratamento. Até dezembro [de 2020], tínhamos 1,6 milhões de pessoas. Isto resulta do esforço que foi feito", declarou Mbofana.
Segundo o Conselho Nacional de Combate ao VIH/sida, a experiência mostra que os pacientes que conseguem manter-se no tratamento nos primeiros três meses permanecem no tratamento.
"Os primeiros três meses são o período de muitas dúvidas e indecisão. Então, o que nós notamos é que se conseguirmos reter o paciente neste período, a probabilidade de ele permanecer é maior", frisou.
O estigma continua a ser um entrave para ter mais pessoas em tratamento, segundo o secretário executivo do Conselho Nacional de Combate ao VIH/sida.
"Um dos grandes desafios da nossa resposta é o estigma e discriminação. Isto faz com que as pessoas não procurem os serviços que estão disponíveis", frisou.
Segundo estatísticas do Ministério da Saúde, Moçambique regista uma média diária de 364 novas infeções por VIH/sida, colocando o país entre os mais afetados, logo depois da África do Sul, Nigéria e Rússia.
EYAC // JH
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