No início da última semana de campanha para as presidenciais do próximo domingo, o chefe de Estado cessante, Evaristo Carvalho, apelou às candidaturas para que limitem "ao máximo todos os tipos de ações visando a compra da consciência dos cidadãos eleitores".

"Explorar a pobreza do cidadão para beneficiar do seu voto é imoral e indecoroso", considerou Evaristo Carvalho.

Vila Nova concorda. "Tenho dito às pessoas, sobretudo na pré-campanha, em que interagia muito com as pessoas, e eu dizia-lhes: eu tomo um banho antes de sair de casa e tomo outro ao chegar a casa. Este banho é saudável, faz bem. Ou vamos à praia", comentou, quando questionado pela Lusa à margem de uma iniciativa de campanha.

Mas, avisou, "o banho para nos enganar e lavar a consciência, não fica bem", considerando que "não se pode comprar, fazer do homem um objeto".

Sobre a sua candidatura, elegeu como tema principal a justiça, desde o combate à corrupção aos maus-tratos, como violência doméstica e abusos sexuais.

Comprometeu-se a, caso seja eleito, trabalhar "com todas as outras instituições, sobretudo órgãos de soberania e parceiros de cooperação" para realizar "uma verdadeira reforma da justiça e dar garantia, dar segurança às pessoas, que elas não a sentem".

"Tomei como denominador comum a justiça, porque está na base disto tudo. Até para a atração de investimentos, se não temos uma justiça que funcione, ninguém põe o seu dinheiro [no país]", referiu.

"Temos passado uma mensagem que combate aqueles fenómenos estranhos para levar as pessoas a votar. Corrupção, mentira, levar as pessoas, através de bens materiais, a votarem nelas, quando não há um projeto, não há uma mensagem", criticou.

Dezanove candidatos concorrem às eleições presidenciais do próximo domingo.

 

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