Com os ajuntamentos e comícios proibidos e o contacto porta a porta limitado pela pandemia, que já soma cerca de 7.500 casos em sete meses, a uma semana do dia das eleições autárquicas de 25 de outubro a mensagem dos candidatos está, literalmente, na rua. São uma espécie de comícios ambulantes, sempre em movimento, pela voz de pessoas como Francisco Borges, 37 anos, fervoroso militante do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) no município de Santa Cruz, no litoral da ilha de Santiago.

"Sabemos que estamos em tempo de pandemia, mas o nosso principal objetivo é fazer com que as pessoas acreditem nas propostas do candidato do PAICV", conta à Lusa, depois de três horas a percorrer o município de microfone na mão, apelando ao voto em Carlos Silva, que tenta a reeleição como presidente da Câmara.