"Se persistir, os camionistas não terão outra escolha senão parar ou estacionar os seus veículos nas fronteiras", lê-se numa carta da Associação dos Motoristas de Camiões da SADC enviada ao Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala, província do centro de Moçambique.

Na carta de duas páginas assinada pelo presidente da Associação dos Motoristas de Camiões da SADC, com sede na Zâmbia, a organização alega que os casos de cobranças ilícitas têm ocorrido nos corredores da Beira, Machipanda e Tete, classificando a situação como "insuportável".

Segundo o documento, os camionistas são obrigados a pagar à polícia de trânsito valores que variam entre 300 meticais (três euros) e 500 meticais (seis euros) em cada controlo, além de valores altos cobrados nas portagens instaladas nos corredores.

O Gabinete Provincial de Combate à Corrupção de Sofala esteve hoje reunido com comandos da Polícia da República de Moçambique e, em declarações posteriores à comunicação social na Beira, confirmou a receção da carta, avançando a importância de uma investigação para esclarecer os casos.

O corredor da Beira, através da Estrada Nacional n.º 6 (EN6), é um dos mais usados para o transporte de carga pelos países vizinhos sem acesso ao mar.

O corredor inclui o porto da Beira, a linha férrea de Machipanda (que liga Moçambique e Zimbabué) e a EN6.

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