Segundo o representante da autarquia portuguesa, Edinilson dos Santos, o gesto também se enquadra no âmbito das "excelentes relações pessoais" entre o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, e o procurador-geral da República guineense, Fernando Gomes.

Edinilson dos Santos disse ainda que a oferta deve ser entendida como ato de cooperação descentralizada da Câmara de Oeiras "para ajudar países irmãos da Comunidade dos Países da Língua Portuguesa [CPLP]".

A justiça "é um pilar fundamental para um Estado de direito democrático" nos países da CPLP, notou.

"Qualquer entidade que queira desenvolver a sua parceria para a consolidação de Estado de direito democrático tem de apoiar a justiça", disse Edinilson dos Santos.

O representante da Câmara Municipal de Oeiras garantiu que a sua instituição vai continuar a ajudar o povo guineense, "em qualquer momento como já tinha feito no passado na área da educação e saúde", e agora apoia a PGR.

O procurador-geral da República, Fernando Gomes, agradeceu o apoio da Câmara de Oeiras, que vai ajudar a melhorar a prestação dos magistrados, que, observou, deparam-se com "dificuldades inimagináveis".

"Em pleno século XXI, alguns serviços da Procuradoria-Geral da República da Guiné-Bissau continuam a trabalhar com máquinas antigas do século XIX. Procuradores-gerais adjuntos e magistrados que já estão no topo de carreira não têm computadores e muito menos magistrados a nível dos tribunais", lamentou o procurador-geral guineense.

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