De acordo com informação prestada pelo presidente da Bolsa de Valores de Cabo Verde, Miguel Monteiro, em 30 de setembro essa capitalização bolsista ultrapassou os 106.076 milhões de escudos (962 milhões de euros), quando no final de junho rondava os 103 mil milhões de escudos (929 milhões de euros).

A capitalização bolsista - aproximação do valor de mercado das empresas e títulos -- da Bolsa de Valores de Cabo Verde já tinha ultrapassado em abril, pela primeira vez na sua história, os 100 mil milhões de escudos (910 milhões de euros).

Só este ano, a Bolsa de Valores de Cabo Verde já realizou sete obrigações bolsistas, a favor de câmaras municipais, cooperativas e empresas, que permitiram colocar um recorde de 2.695 milhões de escudos (24,5 milhões de euros), três das quais realizadas desde julho e a última concluída esta quinta-feira, a favor do Município dos Mosteiros (ilha do Fogo).

"Que este momento sirva para colocar as diversas instituições num patamar superior, com maior bem-estar das nossas populações e maior desenvolvimento do nosso país", destacou Miguel Monteiro, sobre a conclusão daquela emissão bolsista.

A Bolsa de Valores de Cabo Verde registou até 2021 uma média de quatro emissões bolsistas anualmente, mas segundo Miguel Monteiro a perspetiva é de atingir "pelo menos" dez emissões em 2022.

A instituição também viu aprovado pelo acionista Estado o novo plano estratégico 2021 -- 2025, que tem "como ponto de partida a visão" de ser "uma Bolsa de Valores sustentável, acessível, atrativa e relevante a nível nacional e regional, em África, com uma reputação global".

Segundo Miguel Monteiro, esse plano estratégico conta com cinco eixos principais, com destaque para a diversificação da oferta de produtos e serviços, na internacionalização, no desenvolvimento digital e tecnológico, nos recursos humanos e sobretudo "numa atuação conjunta com 'stakeholders' para a criação de condições de mercado favoráveis".

A Bolsa de Valores de Cabo Verde foi criada em maio de 1998 e conta ainda com quatro empresas cotadas, com destaque para o Banco Comercial do Atlântico (BCA, detido pelo grupo Caixa Geral de Depósitos) e para a Caixa Económica, e outras que emitem obrigações.

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