
Em conferência de imprensa hoje realizada, um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos explicou que uma das equipas da organização conseguiu chegar à Polónia, mas "não obteve autorização para aceder à zona da fronteira".
No caso da Bielorrússia, o acesso foi bloqueado em todo o território.
Desde o final do verão que a Polónia e a Lituânia enfrentam uma vaga migratória de cidadãos oriundos de países do Médio Oriente e da Ásia Central, que desejam entrar na Europa.
No total, foram contabilizadas mais de 30 mil tentativas de entradas irregulares no espaço da União Europeia (UE).
Varsóvia e a UE acusam o regime bielorrusso, liderado pelo Presidente Alexander Lukashenko, de "instrumentalização de migrantes", ao incentivar a chegada de milhares de pessoas em especial à fronteira polaca, com a atribuição de vistos por razões de suposto turismo e promessas de uma entrada fácil na Europa.
Centenas destes migrantes permaneceram durante meses acampados naquela região e pelo menos 14 morreram de hipotermia devido às condições precárias em que viviam.
O Governo polaco considera esta crise na fronteira uma "guerra híbrida" lançada por Minsk para "destabilizar a UE" e aprovou a construção de um muro fronteiriço com um custo superior a 300 milhões de euros.
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