Garantir "segurança no fornecimento de água potável e proteger as infraestruturas hídricas face à atual emergência climática são prioridades para o BEI", referiu o vice-presidente, Thomas Östros, citado hoje em comunicado da delegação da UE em Maputo.

O empréstimo concessional a 20 anos, cujas condições detalhadas não foram reveladas, foi assinado durante uma cerimónia na quinta-feira em Maputo.

"O empréstimo celebrado hoje vai contribuir para tornar as cidades afetadas pelos ciclones mais resilientes aos eventos climáticos", referiu na ocasião o embaixador da UE em Moçambique, António Sánchez-Benedito Gaspar. 

O Gabinete de Reconstrução pós-Idai do Governo moçambicano vai monitorizar as atividades e a UE "vai disponibilizar 10 milhões de euros adicionais a este empréstimo, ao abrigo da Aliança África-Europa, para financiar a assistência técnica bem como os estudos de viabilidade necessários", acrescentou.

Por parte do Governo moçambicano, participaram na assinatura o ministro das Obras Públicas, João Machatine, e o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, que prometeu transparência na prestação de contas.

O apoio surge no seguimento do compromisso assumido pela UE na Conferência Internacional de Doadores da Beira, em 2019, de mobilizar 200 milhões de euros para implementação do Programa de Recuperação e Reconstrução pós Ciclone (PREPOC 2019-2023).

Entre os meses de outubro e abril, Moçambique é ciclicamente atingido por ventos ciclónicos oriundos do Índico e por cheias com origem nas bacias hidrográficas da África Austral.

O período chuvoso de 2018/2019 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas de dois ciclones (Idai e Kenneth) que se abateram sobre Moçambique.

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