"Infelizmente, o número de vítimas no edifício destruído pelo exército russo está a aumentar", disse a chefe do Conselho Regional de Mykolaiv, Hanna Zamazeyeva, dando conta da recuperação de mais um corpo nos escombros do edifício.

Inicialmente, as equipas de socorro tinham encontrado o corpo de um homem debaixo dos escombros, mas retiraram mais três nas últimas horas.

Um rapaz de 11 anos foi resgatado dos escombros, onde permaneceu durante seis horas.

A agência ucraniana Ukrinform noticiou que as autoridades receiam que mais cinco pessoas possam estar sob os escombros.

O edifício de cinco pisos foi atingido por um míssil durante a noite, segundo as autoridades locais.

Nas últimas 24 horas, a Rússia bombardeou nove regiões na Ucrânia, incluindo a região de Kiev (capital), de acordo com os comandos militares.

A Rússia também acusou hoje a Ucrânia de ter bombardeado a cidade russa de Belgorod, perto da fronteira entre os dois países, a algumas dezenas de quilómetros de Kharkiv.

O ataque atingiu um edifício residencial, mas sem provocar vítimas, segundo o governador da região de Belgorod, Vyacheslav Gladkov.

A mesma fonte disse que um míssil caiu também no complexo desportivo de uma escola de ensino médio da cidade, mas não explodiu.

Em Kherson, o chefe da administração regional de ocupação, Vladimir Saldo, apelou hoje às autoridades russas para que organizem a retirada de civis devido à contraofensiva do exército ucraniano.

Kherson é uma das regiões anexadas pela Rússia em 30 de setembro, juntamente com Zaporijia, Donetsk e Lugansk.

A anexação das quatro regiões, que correspondem a 18 por cento do território da Ucrânia, segue-se a medida idêntica adotada por Moscovo na península ucraniana da Crimeia, em 2014.

O exército ucraniano, que tem recebido armamento dos aliados ocidentais, iniciou recentemente uma contraofensiva que lhe permitiu recuperar parte do território sob controlo russo, incluindo nas quatro regiões anexadas por Moscovo.

As informações sobre a guerra na Ucrânia divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro deste ano, desencadeando uma guerra que mergulhou a Europa naquela que é considerada a mais grave crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Desconhece-se o número de baixas civis e militares, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que será consideravelmente elevado.

PNG (PSP/JSD) // SCA

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