Os dados recolhidos junto a órgãos oficiais dos 27 estados brasileiros apontaram que houve 30.954 assassínios no país sul-americano nos primeiros nove meses deste ano, 1.517 mortes a menos que no mesmo período de 2020 (32.471). 

Estão contabilizadas no número as vítimas de homicídios dolosos (incluindo os feminicídios), latrocínios e lesões corporais seguidas de morte.

As informações recolhidas pelo G1 com o Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (NEV-USP) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) alertaram, porém, que em agosto e setembro o número de homicídios foi maior que no ano passado.

"A redução que vinha se verificando nos seis primeiros meses do ano perde força no último trimestre, o que indica reversão dos resultados positivos em alguns estados", avaliou Samira Bueno, diretora executiva do FBSP.

"O FBSP alertou, em publicação recente, que em 2020 já se verificava crescimento dos homicídios em áreas rurais e de floresta, com taxas muito acima da média nacional. Se a região é hoje objeto de disputas de diferentes grupos criminosos organizados envolvidos no narcotráfico, crimes ambientais e disputas fundiárias, também tem motivado a alta da violência na região", acrescentou.

Os dados indicaram que o estado brasileiro do Amazonas registou a maior subida nos assassínios em 2021, posto ocupado anteriormente por Roraima, outro estado localizado no norte do país.

Houve um aumento de 38,6% nos homicídios no Amazonas nos primeiros nove meses deste ano face ao mesmo período de 2020.

O levantamento compila os dados recolhidos junto de secretarias de segurança de todos os estados do Brasil mês a mês e faz parte do Monitor da Violência, uma parceria do G1 com o NEV-USP e o FBSP.

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