
"Uma brincadeira de falta de responsabilidade da oposição que não percebeu que lá fora esperavam muito mais deste parlamento", afirmou Jaime Filipe Ramos, na intervenção de abertura do plenário de hoje na Assembleia Legislativa da Madeira.
O líder parlamentar do PSD comentou os momentos políticos que levaram à realização de eleições antecipadas regionais e que garantiram, ao PSD e ao CDS, uma maioria absoluta para governar.
"Servir a Região não é só para quem está no Governo, é também para quem está na oposição", afirmou.
O deputado social-democrata considera que "o tempo passa mas há quem não aprenda, que fique parado".
"As pessoas querem que os políticos não atrapalhem a sua vida", afirma o deputado que acusa "alguns partidos" da oposição regional de não terem percebido a necessidade de uma postura de responsabilidade. Desse grupo exclui a Iniciativa Liberal, que se absteve na votação do Programa do Governo, de ter mostrado "responsabilidade" ao dar o "benefício da dúvida".
Sobre a agenda da oposição, que está patente da ordem de trabalhos do parlamento, considera que é um conjunto de diplomas "requentados" em que apenas foi mudada da data.
Comentando as eleições do último domingo, Jaime Filipe Ramos considera que ficou bem visível as consequências de alguns partidos não perceberem a vontade do povo.
"Espero que do acto eleitoral do último domingo seja possível ter o que temos aqui, estabilidade", afirma o líder parlamentar social-democrata que espera que o Presidente da República cumpra a vontade dos portugueses que "querem a AD a governar e que o actual primeiro-ministro continue".
"O partido decidiu que a esquerda tem de demonstra o sentido de responsabilidade" que espera seja compreendido pelo novo líder do PS.
Jaime Filipe Ramos acredita que José Luís Carneiro, o nome apontado para a sucessão de Pedro Nuno Santos, "já percebeu o caminho que deve seguir, do diálogo" e que "o parceiro do PS não pode ser o CH".
Na Madeira, "PSD e CDS ganharam" e são claras as questões que a Região mantém com a República e a necessidade de haver, em Lisboa, "um governo disponível para o diálogo".