O tribunal deliberou que "não provámos que não fomos convidados para os debates", por isso a "Joana, Fura Debates, veio à RTP tentar participar... ou provar que não pode". O relato é feito pela própria, num vídeo publicado nas suas redes sociais.

Decorria o debate entre os candidatos Sebastião Bugalho (AD), Marta Temido (PS), João Oliveira (CDU) e Tânger Correia (Chega), quando a cabeça-de-lista do ADN chegou à RTP, chegou a andar pelos corredores da estação pública de televisão sem oposição, ao lado do líder do partido que representa nas eleições de 9 de junho, e foi avançando com a explicação de que estava ali "para os debates".

Foi apenas ao chegar quase à porta dos estúdios, sempre acompanhada de Bruno Fialho, que foi travada antes de entrar, pela diretora-adjunta de informação que "recusou dar explicações" para não a deixar entrar e, segundo a própria relata, "coagiu a desligar o direto com ameaças judiciais".

"Considero que é do interesse público que a RTP, paga pelos portugueses, esclareça os motivos de exclusão", escreve ainda Joana Amaral Dias, lembrando que, "através da taxa Contribuição para o Audiovisual, entre 2015 e 2022, os portugueses entregaram à RTP 1.420 milhões de euros".

Conforme se ouve no vídeo, confrontada com o argumento do juiz na providência cautelar e a razão da presença de Joana Amaral Dias — "entrar no debate" ou "provar" que não a "deixavam fazê-lo" —, a responsável da RTP afirma que não devia ser preciso uma prova, "bastava o juiz ter perguntado" e que cabe aos órgãos e editorias do canal escolher quem participa em que debates.

Afirmou porém, também, conforme se ouve na gravação tornada pública pela própria Joana Amaral Dias, que a candidata do ADN estava convidada a juntar-se ao painel "daqui a uma semana" — para o debate dos partidos sem assento parlamentar, que se realiza a 30 de maio, na RTP.

Certo é que a candidata que encabeça a lista do ADN às europeias não entrou nos estúdios e o debate se cumpriu a quatro, como previsto.