Perante injustiças, ameaças à paz, ataques às liberdades, há quem consiga ficar calado. "Eu não sou assim, eu não consigo ficar calada", diz Joana Amaral Dias num vídeo que acaba de publicar nas suas páginas nas redes sociais, em que se apresenta como candidata às próximas eleições europeias de dia 9 de junho.

"Sou a tua candidata contra os lóbis e contra aqueles que se comportam como se fossem os donos disto tudo", garante ainda a psicóloga e ativista política que chegou a ser deputada do Bloco de Esquerda entre 2002 e 2005, tendo-se depois afastado, quando alguns bloquistas criticaram o apoio que dera à candidatura de Mário Soares à Presidência. Acabou por se desfiliar mesmo do partido em 2014, altura em que se aproximou do Movimento Juntos Podemos, próximo do Livre, do qual seguiu para constituir outro grupo político, o Agir, que concorreu às legislativas de 2015 em coligação com o PTP e o MAS. Dois anos mais tarde, seria candidata a Lisboa pelo Nós, Cidadãos, tendo desde então estado afastada da política ativa mas especialmente interventiva em espaços de opinião.

Veja aqui o vídeo do anúncio da candidatura

Ainda por revelar está se agora Joana Amaral Dias avança para as Europeias como independente ou nas listas de candidatos de algum partido político -- no vídeo de apresentação, convida apenas quem quiser a juntar-se à apresentação da sua candidatura, às 18.00 do dia 18 de abril, a próxima quinta-feira, na Associação de Deficientes das Forças Armadas --, mas o SAPO sabe que a psicóloga e ativista política vai avançar pelo ADN.

Recorde-se que o partido liderado por Bruno Fialho, que conseguiu mais de 100 mil votos nas legislativas de 10 de março, partilha muitas das posições que Joana Amaral Dias tem vindo a defender, a começar pelo "radicalismo ambiental".

Colunista do NOVO e do SOL, Joana Amaral Dias foi abertamente contra o posicionamento e as políticas que o governo de António Costa prosseguiu durante o tempo da pandemia de covid, é assumidamente politicamente incorreta em temas como os da ideologia de género ("Um Estado que legisla para criminalizar técnicos de saúde que colocam o bem-estar dos seus pacientes acima das ideologias é um Estado totalitário") e os da sustentabilidade ambiental ("os lóbis verdes que inflamam a narrativa de emergência climática").

(Notícia atualizada às 20.15 com a informação de que Joana Amaral Dias será candidata pelo ADN.)