"É com enorme honra, acrescido sentido de responsabilidade e renovado empenho que assumo o compromisso de continuar a servir Portugal exercendo as funções de primeiro-ministro", afirmou Luís Montenegro, no discurso de tomada de posse, no Palácio da Ajuda, em Lisboa.

Após o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro reiterou perante o Presidente da República, a "firme e leal cooperação institucional e colaboração produtiva".

"Quero expressar-lhe o nosso reconhecimento pela forma impecável com que temos vindo a cooperar na defesa do interesse nacional, do prestígio das instituições e da coesão social do nosso país", disse.

Sobre as eleições antecipadas de 18 de maio, Montenegro considerou que, "com a sua particular e profunda sabedoria, o povo falou e decidiu reforçar a confiança no projeto político" que lidera.

"Fê-lo atribuindo-nos uma maioria maior, com expressão significativa de representatividade face às segunda e terceira forças políticas. E fê-lo ao consagrar a coligação que lidero como a força político-partidária que mais aumentou a representação parlamentar", vincou.

Montenegro disse receber essa confiança com "sentido de responsabilidade", mas também disse ter ouvido e entendido "com humildade" a responsabilidade que os eleitores deram às oposições.

"E é com humildade que ouvimos e entendemos a confiança que foi endossada às oposições, que respeitaremos e escutaremos, procurando as convergências que as pessoas reclamam", disse.

Para o primeiro-ministro, "a estabilidade política é uma tarefa de todos".

"Todos assumiram salvaguardá-la para cumprir a vontade democrática e para responder aos anseios dos portugueses. A todos se exige lealdade, diálogo, maturidade e espírito construtivo. O país precisa de quem quer construir e não de quem só pensa em destruir", avisou.

Citando Agustina Bessa-Luís, Montenegro frisou que "o país não precisa de quem diga o que está errado; precisa de quem saiba o que está certo".

SMA // JPS

Lusa/fim