Se acha que a Medicina Dentária é só tratar umas cáries e colocar o aparelho para um sorriso sem imperfeições, está enganado(a). Num mundo em constante transformação e cada vez mais desafiante, todas as áreas necessitam de formação contínua para evoluírem. Novas tecnologias, materiais inovadores, mudanças de expectativas dos pacientes e exigências do mercado impõe ao médico dentista o dever de estar sempre atualizado.

Esta é apenas uma opinião. Segundo um estudo publicado em 2024 no European Jorunal of Dental Education, que analisou a eficácia de um modelo de formação contínua com base na metodologia de flipped classroom (sala de aula invertida), foi comprovado que a formação contínua, mesmo que seja em formatos digitais, melhora a aplicação clínica do conhecimento, aumenta a confiança do profissional e a qualidade dos serviços prestados.

A exigência da formação contínua na Medicina Dentária está intrinsecamente ligada à manutenção da competência clínica e à incorporação de avanços científicos e tecnológicos na prática profissional.

A introdução de técnicas e materiais inovadores assim como a inteligência artificial têm revolucionado a medicina dentária. Estar alheio a estas tendências, em particular as que vêm de fora, pode levar ao comprometimento da eficiência dos tratamentos, por exemplo. Por isso, a formação deve ser encarada como um investimento na competência. Participar em congressos, frequenta cursos de especialização e acompanhar redes internacionais e publicações científicas proporcionam ao profissional uma visão mais abrangente e crítica do seu trabalho. Acompanhar o que se experiência e aplica um pouco em todo o mundo é uma forma mais fácil de evoluir e adaptar conhecimentos.

As tendências na medicina dentária não devem ser encaradas como modas. Quem deixa de aprender, corre o risco de ficar para trás e todos nós queremos ter sucesso naquilo que é a nossa profissão.

Rodrigo Paiva, diretor de produto da Mandic Portugal