Na Europa, o TCE afeta anualmente cerca de 1,5 milhões de pessoas, e apesar de a grande maioria destes traumatismos descobertos serem ligeiros (90%), o que acontece é que quando os doentes dão entrada nas urgências o procedimento feito passa por realizar um TAC, que consiste numa opção dispendiosa.

Nesse sentido, uma equipa da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa (NOVA FCT) desenvolveu uma solução em laboratório que consiste num biossensor capaz de determinar a gravidade do traumatismo com apenas uma gota de sangue.

De acordo com o comunicado emitido pela NOVA FCT, “os biossensores são pequenos instrumentos para uma medição rápida de moléculas em fluidos corporais para fins de diagnóstico ou monitorização”. Além de diminuir custos do paciente, o biossensor rápido permite reduzir a intervenção de pessoal médico e trazer mais conforto à grande maioria dos doentes de TCE”.

O prémio da competição SensUs2023 que reuniu estudantes de todo o mundo foi entregue na Universidade Técnica de Eindhoven, nos Países Baixos. O júri, composto por representantes da academia, da indústria e da saúde, analisou a criatividade e o potencial de industrialização das soluções apresentadas.

A equipa de estudantes portuguesa que se constituiu a grande vencedora foi liderada por Ricardo Mafra e Diogo Martins, estudantes do Mestrado em Engenharia de Micro e Nanotecnologias da NOVA FCT. Já os restantes membros são estudantes dos mestrados de Biotecnologia, de Biomateriais e Nanomedicina e de Engenharia Biomédica.

Os nomes da lista completa de vencedores são: André Luís, Beatriz Nobre, Chiara La Guidara, Diogo Martins, David Alves, Lara Gonçalves, Matilde Abreu, Mariana Resende, Nuno Ferreira, Ricardo Mafra, Simão Caracho, Sofia Ribeiro e Tomás Mingates.

Os mentores da equipa foram os professores Ricardo Franco e Rui Igreja, do UCBIO|i4HB e CENIMAT|i3N, centros de investigação da NOVA FCT. O Departamento de Química e o Departamento de Ciências dos Materiais foram os responsáveis pelo financiamento da inscrição na competição e a empresa LaborSpirit doou consumíveis e reagentes essenciais para o estabelecimento do protótipo.

CG/SM

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