O processo de biblioteca móvel no concelho de Vila Viçosa deverá ficar concluído «até ao final do ano».

Segundo Inácio Esperança, presidente da autarquia, em declarações a’ODigital.pt, esta iniciativa representa um investimento de cerca de 170 mil euros é financiada pelo PRR Cultura, um aviso «fechado» do programa que só abriu para os «cinco município que não têm biblioteca [física]».

«Foi um processo que levou dois anos e meio até candidatar, tal foi a dificuldade e a burocracia com a Direção Geral de Laboratórios e de Bibliotecas (DGLab)», acrescentou o autarca, dizendo ainda que «foi uma negociação difícil».

O presidente explicou que a candidatura foi entregue há poucos meses e que, tendo sido aprovada, também já tem empresa adjudicada: «Já está a construir a biblioteca itinerante».

Desta forma, o veículo vai levar «cultura às freguesias», para além da sede de concelho, e terá um «funcionário da Câmara», que é quem «vai fazer a sua planificação».

Terá «animação para crianças e jovens, animação também para idosos e atividades ligadas ao livro, à leitura, ao teatro e à arte em geral», mas também será dotado «com um ecrã e com um projetor».

Inácio Esperança vincou ainda que a viatura terá «também outras funções», uma vez que vai permitir que «os serviços municipais cheguem aos munícipes».

Este projeto surge na sequência da falta de uma biblioteca municipal no concelho, algo que foi apontado à Ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, em novembro de 2024, em visita a Vila Viçosa.

«Veio falar de uma biblioteca física, que não é possível fazer já com o PRR. Já não há tempo», destacou o autarca, dizendo ainda que «os Governos anteriores nunca incluíram esta intenção de construir as cinco bibliotecas que faltam no país».

O presidente vincou que o foco «continua a ser a construção de uma biblioteca e arquivo fixos», uma vez que o arquivo municipal «funciona nos bombeiros e não é um edifício que não está configurado para isso».

O espaço «serve bem», mas «o arquivo tem de ter outras condições». Assim, «aguardamos a todo o momento que o atual governo consiga desbloquear verbas».