O verão de 2025 foi o mais quente e seco desde 1931 em Portugal continental, segundo o «Resumo Sazonal – Verão 2025» do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

A média da temperatura do ar atingiu 23,5 °C, valor 1,55 °C acima do normal para o período 1991-2020. A temperatura máxima média registada foi de 30,8 °C, mais 2,09 °C do que o valor de referência, sendo a mais elevada desde o início dos registos em 1931. Já a temperatura mínima média, de 16,2 °C, foi a quarta mais alta desde então.

O relatório indica ainda que ocorreram três ondas de calor: a primeira entre 15 e 20 de junho, a segunda entre 26 de junho e 9 de julho e a terceira entre 29 de julho e 17 de agosto. Esta última foi a mais longa desde 1941 nas regiões do interior Norte e Centro.

No Alentejo, o concelho de Mora registou o valor extremo da temperatura máxima do país, 46,6 °C, no dia 29 de junho. Este valor constitui um novo recorde absoluto da temperatura máxima em Portugal continental para o mês de junho.

Em relação à precipitação, o total médio foi de apenas 10,9 mm, correspondendo a 24% do valor normal. Este foi o verão mais seco desde 1931. O IPMA assinala ainda a ocorrência de 33 novos extremos de temperatura máxima e 10 de temperatura mínima.

O relatório sublinha que os dados apresentados refletem uma tendência de agravamento das condições extremas, com impactos mais severos nas regiões do interior, como o Alentejo.