Este livro surgiu da admiração de Samuel Bastos Oliveira por Manuel Leão e por toda a evolução e progresso que deu à cultura de um colégio que, antigamente, era um externato e que nos anos 2000 foi considerado o maior colégio do centro e norte de Portugal: “Eu quis transplantar a admiração que todos nós, professores e sociedade gaiense temos, assim como, a gratidão pela grande obra que Manuel Leão fez de cultura, de desenvolvimento, não só de Vila Nova de Gaia, como de toda a Diocese do Porto.”

O autor do livro teve o privilégio de ter acompanhado alguns passos deste emblemático Padre Leão. Samuel Bastos Oliveira chegou a ser seu aluno no primeiro ano do seminário e foi convidado para ser professor do Colégio de Gaia: “Tive o privilégio de acompanhar o Padre Manuel Leão na grande revolução que fez no antigo Colégio Externato de Gaia, que funcionava numa casa de família de uma senhora que o deixou à diocese do Porto. Ele acabou por fazer uma construção grandiosa de três pisos para corresponder às exigências que fazia o Ministério da Educação na segunda metade do século XX.”

Contudo, Manuel Leão não teve a colaboração do Ministério da Educação, nem da própria Diocese do Porto, mas apesar das dificuldades, Leão conseguiu concluir o seu projeto: “O Padre Leão ficou sozinho com os seus bens, com a sua tática e com a sua cultura. Foi através de uma grande ginástica de economia, valendo-se de amigos, valendo-se de amizades que tinha de antigos alunos e de empresários, que atingiu o seu objetivo. Contudo, a falta de ajuda do Estado, fez com que ele fizesse uma grande obra com o seu talento, com a sua inspiração.”

A criação e desenvolvimento deste livro, foi fundamentada essencialmente no jornal académico “O nascente” que Samuel Bastos Oliveira dirigia enquanto professor. Nesse jornal foi acompanhando a grande história e evolução do Colégio de Gaia. Além disso, recorreu a memórias e convívios que tinha com Manuel Leão e, ainda, a todos os documentos que teve acesso da Diocese do Porto e ao conhecimento que foi adquirindo no tempo em que foi professor do colégio: “Eu estive até na organização dos 50 anos do colégio, com outros professores, portanto, tinha muita informação sobre o nascimento, a evolução, o progresso e a renovação que o Padre Leão deu à cultura de um colégio pequeno”.