A Polícia Judiciária (PJ), através da Diretoria do Norte, concluiu uma complexa investigação sobre burlas em arrendamentos de casas para férias, que lesou pelo menos 143 vítimas em cerca de 150 mil euros. A operação, que decorreu no âmbito de um inquérito dirigido pelo DIAP Regional do Porto, resultou na constituição de 20 arguidos, com três em prisão preventiva, e na identificação de 18 contas bancárias utilizadas para o recebimento dos montantes indevidamente cobrados.
O esquema criminoso consistia na criação de perfis falsos em redes sociais e plataformas de vendas online, onde os suspeitos publicavam anúncios fictícios de arrendamento de alojamentos em várias zonas do país. Após persuadirem as vítimas, estas realizavam pagamentos para contas bancárias de terceiros — conhecidos como money mules — recrutados apenas para permitir o escoamento dos lucros ilícitos.
Além da burla, os autores enfrentam acusações de falsidade informática, branqueamento de capitais e uso indevido de documentos de identificação, práticas que sustentavam a operação fraudulenta como modo de vida.
A ofensiva policial incluiu 23 buscas domiciliárias, realizadas em julho de 2024, que levaram à detenção de seis indivíduos diretamente ligados às burlas, e mais duas detenções por posse ilegal de armas e munições.
Recomendações da PJ para evitar este tipo de burla:
- Pesquisar o alojamento e utilizar apenas fontes credíveis para reserva (sites oficiais, revistas especializadas, jornais de confiança).
- Investigar opiniões e comentários online, verificando se há queixas ou alertas sobre o anunciante.
- Validar o site e o domínio usado na transação.
- Evitar transferências bancárias antecipadas sem antes confirmar a veracidade do imóvel e da oferta.
- Não partilhar dados pessoais antes de assegurar a credibilidade do contacto.
A Polícia Judiciária continua a reforçar as ações de sensibilização nas suas plataformas digitais e redes sociais, apelando à prudência dos cidadãos na procura de alojamentos online.