
A freguesia de Pardais, no concelho de Vila Viçosa, abriu a 6ª edição da Feira da Laranja esta sexta-feira, terminando no próximo domingo.
Um certame dedicado a produto tradicional da terra e que «cresce de ano para ano», segundo Manuela Raminhos, presidente da junta de freguesia pardalense: «É esse o objetivo».
Conta com dezenas de expositores, com produtos derivados da fruta, mas também de outras atividades ligadas à agricultura e ainda artesanato.
«Temos aqui de tudo de expositores, que estão relacionados com a nossa freguesia e também com a nossa região, o Alentejo», sublinhou, referindo ainda que «para além da laranja, que é a rainha da festa, temos muitos produtos criados pelos próprios produtores derivados de derivados da laranja».
Já a «princesa», a torta de laranja, cresceu de 2024 para 2025. O ano passado, a iguaria apresentada teve «cerca de 15 metros», já este ano «tem mais de 24»: «É única no país»
«Temos uma torta muito bem criada, em que aproveitamos inclusivamente a casca da laranja», vincou a autarca, detalhando ainda que foi confecionada por 16 pessoas «com muitas horas de trabalho».
Explicou também o “segredo” da iguaria: «Vai a cozer, com a laranja muito fininha o que dá um sabor muito especial à própria torta».
Já Inácio Esperança, presidente da Câmara Municipal de Vila Viçosa, realçou que esta feira nasceu «para ser uma iniciativa para promover um produto que é da terra», onde as pessoas «possam mostrar as suas atividades económicas».
«A freguesia é pequena, mas tem muito empreendedorismo em termos económicos. Temos doceiras, produtores agrícolas, os produtores de laranjas e hortícolas e temos o mármore», acrescentou.
Desta forma, o autarca calipolense frisou ainda que «esta feira sortiu efeito, porque não morreu», uma vez que «continua viva e cada vez tem mais expositores».
«Acho que está a captar o interesse da freguesia e a dinamizar os negócios», adicionou.
Disse ainda que é um certamente «importante» para o concelho e que «há aqui um conjunto interessante de tudo para nos entreter».
Por sua vez, Roberto Grilo, vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) Alentejo, vincou o facto de se aproveitar «o melhor que a terra nos dá, não pela quantidade, mas pela quantidade».
«Sabemos que aquilo que temos em Pardais não pode competir com outras produções pela quantidade, mas pode diferenciar-se pela qualidade», atirou.
Assim, o vice-presidente realçou que «é importante» que as entidades criem «dignidade e condições para que esta produção de qualidade possa continuar a existir», mesmo tendo «grandes problemas com apoios e com a renovação geracional».
«Não podemos olhar para estes eventos como mero evento de fim de semana. Há aqui muito para além do saber fazer e há aqui resiliência do território», referiu Roberto Grilo.
De seguida, fique com as imagens da inauguração da Feira da Laranja.