
Foi realizado ontem, dia 16 de abril, uma operação de fiscalização contra a apanha ilegal e comercialização de moluscos bivalves na zona da praia do Samouco, no concelho de Alcochete, da qual resultou a apreensão de cerca de 3,5 toneladas de amêijoa japonesa.
Esta operação foi realizada pela Polícia Marítima, através do Comando Regional do Centro, Comandos Locais de Lisboa, Setúbal, Sines e Cascais, da Unidade Central de Investigação Criminal (UCIC) e da Divisão de Análise e Informações Policiais (DAIP).
Durante esta ação, foram intercetadas e identificadas seis pessoas e apreendidas e seis viaturas, além da quantidade já mencionada de amêijoa japonesa.
Os elementos da Polícia Marítima procederam à elaboração dos respetivos autos de notícia, tendo a amêijoa sido destruída por se encontrar imprópria para consumo.
Segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), entidade que efetua o controlo de qualidade dos bivalves, o estatuto sanitário atribuído à amêijoa japonesa interdita a apanha para consumo face aos valores de contaminação encontrados nesta zona de produção de bivalves.
A captura de amêijoa-japonesa em Alcochete pode ser considerada ilegal em determinadas áreas, devido a níveis de contaminação ou à ausência de classificação da espécie para consumo humano.
Na zona jusante, onde ocorreu esta apreensão, se registam níveis elevados de chumbo, a apanha pode ser permitida apenas sob condições específicas, nomeadamente após um processo de tratamento ou depuração.
Já na zona a montante, a captura está totalmente proibida, uma vez que a espécie ainda não foi devidamente classificada como segura para consumo.