
A partir de hoje, dia 20 de maio, entrou em vigor um novo e mais rigoroso sistema de controlo de fronteiras no Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, mas os primeiros efeitos não estão a ser fáceis para os passageiros que chegam ao país.
Centenas de viajantes, principalmente aqueles provenientes de fora da Europa, enfrentaram longas horas de espera nas filas do controlo de passaportes.
Às 11 horas da manhã desta terça-feira, as filas se estendiam por vários corredores do aeroporto, criando um cenário de caos e desorganização.
Apesar de as autoridades garantirem que o novo sistema visa aumentar a segurança e a eficiência no controlo da entrada de pessoas em Portugal, os passageiros não escondem o descontentamento com os atrasos significativos.
Este novo sistema de controlo é parte de uma iniciativa maior do plano europeu de transformação digital nos aeroportos e portos marítimos, com um investimento de 24 milhões de euros.
O processo envolve a recolha de dados biométricos, como imagem facial e impressões digitais, com o objetivo de reforçar a segurança nas fronteiras, no entanto o sistema ainda não está totalmente operacional, e os problemas no desembarque revelaram-se evidentes logo nas primeiras horas de implementação.
A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) descreve a mudança como uma “nova era na gestão de fronteiras”, mas a realidade vivida hoje no aeroporto de Lisboa mostrou que o caminho para a implementação total do sistema poderá ser mais difícil do que o esperado.
Passageiros têm se queixado da lentidão do processo e da falta de informação, e muitos questionam a eficácia do novo sistema em momentos de pico de movimentação de turistas.
O cenário tem gerado frustração e críticas tanto por parte dos viajantes como dos próprios trabalhadores do aeroporto.
O novo sistema de controlo de fronteiras segue as diretrizes da União Europeia, mas, para já, fica evidente que o desafio será a adaptação a este novo modelo, tanto para as autoridades como para os passageiros.