
A televisão portuguesa está de luto. Morreu Eurico Bastos, repórter de imagem da delegação da SIC em Aveiro, aos 49 anos, vítima de doença oncológica. Natural de Estarreja, mas há muito radicado em Aveiro, Eurico Bastos era um dos rostos menos visíveis, mas mais respeitados da estação televisiva.
A notícia da sua morte foi recebida com consternação na redação da SIC e na maioria do meio jornalístico, onde era conhecido pelo profissionalismo, discrição e pela capacidade de captar a essência de cada momento noticioso. Bastos integrou a SIC desde o seu nascimento, em 1992, tendo iniciado o percurso em televisão ainda antes, em 1988, altura em que já operava câmara em reportagens locais, tornando-se depois num dos pilares da delegação de Aveiro da estação.
Com mais de 35 anos de carreira, acompanhou de perto alguns dos acontecimentos mais marcantes da atualidade local e nacional, sempre com a câmara ao ombro e a responsabilidade de garantir que a realidade chegava com rigor às casas dos portugueses.
Colegas de redação descrevem-no como um trabalhador incansável, discreto, sempre disponível, e cuja presença era sinónimo de confiança e eficácia. O seu olhar clínico atrás da lente moldou reportagens memoráveis, sendo frequentemente elogiado por jornalistas, editores e até por concorrentes.
A sua morte representa uma perda profunda para o jornalismo de imagem em Portugal e uma ferida emocional para todos os que trabalharam consigo. A SIC ainda não divulgou informação sobre as cerimónias fúnebres, mas são esperadas homenagens da classe jornalística.
Eurico Bastos deixa um legado de rigor, ética e dedicação, numa profissão onde muitas vezes quem segura a câmara não tem o devido reconhecimento. Hoje, o jornalismo presta-lhe essa justa homenagem.