MONTEMOR-O-VELHO – Com o objetivo de reforçar a prevenção, partilhar boas práticas e aprofundar o conhecimento sobre os riscos associados ao consumo de substâncias, decorreu esta terça-feira, 17 de junho, na escola sede do Agrupamento de Escolas de Montemor-o-Velho, a sessão informativa “Motivar equipas, valorizar respostas – O funcionamento das CPCJ”.

A iniciativa, organizada pela CPCJ de Montemor-o-Velho e pelo Município de Montemor-o-Velho, contou com a colaboração das CPCJ de Cantanhede, Figueira da Foz, Mealhada e Mira, e teve ainda o apoio do Núcleo Distrital de Coimbra da EAPN Portugal / Rede Europeia Anti-Pobreza.

A sessão colocou em destaque dois eixos fundamentais da intervenção: a importância da ação precoce das Comissões de Proteção de Crianças e Jovens e a compreensão dos efeitos das drogas no funcionamento do cérebro.

Na abertura, Diana Andrade, vereadora da Câmara Municipal e presidente da CPCJ de Montemor-o-Velho, realçou a importância da formação contínua: “É através do conhecimento e da partilha de boas práticas que conseguimos fortalecer o nosso papel na proteção das crianças e jovens. A ciência está ao serviço do progresso, e neste caso em particular, os dados apresentados podem chocar — mas é esse confronto que nos desperta e mobiliza. Quanto mais informados estivermos, melhor preparados estaremos para agir.”

Susana Lima, da EAPN Coimbra, reforçou a importância da articulação entre entidades e da criação de momentos de reflexão conjunta para dar resposta aos novos desafios da intervenção social.

A parte científica ficou a cargo de Ana Paula Silva e Joana Gonçalves, da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, que abordaram os temas “Dados de Consumo Nacionais e Europeus” e “Neurobiologia das Drogas de Abuso”, respetivamente.

A ação teve como objetivos principais:

  • promover o acesso a conhecimento atualizado sobre os efeitos das substâncias psicoativas;
  • compreender os fatores que aumentam a vulnerabilidade individual ao consumo;
  • refletir sobre o impacto do consumo na saúde e qualidade de vida;
  • e reforçar a sensibilização e prevenção junto das equipas técnicas.

Ao reunir representantes de várias CPCJ da região, a sessão reforçou a importância do trabalho em rede e da valorização da ciência na construção de respostas sociais eficazes e humanizadas.