O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, classificou como “vergonhosa” e “inaceitável” a situação de 30 imigrantes encontrados a viver num restaurante desativado na freguesia de Arroios.

Em declarações à SIC, Moedas afirmou que se trata de um “uso indevido” do espaço e que o proprietário está a “cometer um crime”.

“Estão a pagar a um proprietário que, não tenho palavras… Está-se a aproveitar. Isto é degradante. É este tipo de situações que não pode acontecer no país”, declarou, sublinhando que os imigrantes estavam a pagar entre 180 e 200 euros mensais para pernoitar no local, segundo informações da presidente da Junta de Freguesia de Arroios, Madalena Natividade.

O autarca visitou o local na sequência da operação que expôs as condições precárias em que os imigrantes indostânicos viviam, Carlos Moedas garantiu que todos os afetados estão a ser acompanhados “caso a caso” pela Santa Casa da Misericórdia e assegurou que “não vão ficar na rua”.

Moedas destacou ainda a necessidade urgente de políticas de imigração estruturadas, sublinhando que “Portugal precisa de imigrantes”, mas com condições dignas.

“O país tem de fazer escolhas. As pessoas que entram têm de ter contratos de trabalho, têm de ter a dignidade de ter uma casa. Elas são necessárias, mas não são necessárias desta maneira”, afirmou.

“Isto é uma vergonha para o país e eu não quero que a minha cidade continue a ter esta vergonha”, concluiu o presidente da Câmara.