
A partir do dia 1 de abril de 2025, a linha 4422 da Carris Metropolitana que ligava o Casal das Figueiras à Avenida Avelar Brotero, no Bairro de São Gabriel passou a servir os Jardins de Santiago, na Estrada de Vale de Mulatas, e a ir até Poçoilos, zona que viu o serviço de transportes públicos reforçado.
Esta alteração ocorreu de uma reunião do programa municipal de participação cidadã “Ouvir a População, Construir o Futuro”, na qual os moradores reforçam que aquela urbanização não era servida por transportes públicos.
As duas autarquias contactaram os Transportes Metropolitanos de Lisboa em novembro, sendo decidido que a linha seria alargada em 1 de abril.
O presidente da Câmara afirmou que a intervenção do município e da junta de freguesia significa que ambas as autarquias “estão atentas” às necessidades das pessoas, sublinhando que a urbanização Jardins de Santiago deu recentemente “um salto grande e significativo” em termos de número de residências e de população.
Ao notar as vantagens dos transportes públicos, André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal notou que o operador da Carris Metropolitana na região de Setúbal “está a utilizar cada vez mais autocarros elétricos ou movidos a gás, em vez de combustíveis fósseis”, os quais são os grandes responsáveis pelo efeito de estufa.
“É com esse esforço todo que estamos a conseguir, progressivamente, adaptar os transportes às necessidades das pessoas, para que estas possam optar”, disse, fazendo uma referência particular ao esforço dos trabalhadores das duas autarquias. “Sem os trabalhadores nada acontece”.
O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião, Luís Matos, afirmou que a chegada dos transportes públicos àquela zona “evita que crianças que já têm alguma autonomia e algumas pessoas que trabalham na urbanização dependam de boleias ou tenham de percorrer a pé, e pela berma da estrada, o caminho até à Avenida Avelar Brotero”, o local mais perto que até agora era servido por autocarros.
Luís Matos, que também sublinhou o trabalho realizado pelos funcionários das autarquias, notou que a utilização dos autocarros por parte dos habitantes ou de pessoas que trabalham na urbanização vai ser possível medir, através do controlo do número de pessoas que entram ou saem dos autocarros naquela paragem.