
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) registou, em junho de 2025, uma variação homóloga de 2,4%, mais 0,1 pontos percentuais do que o valor apurado em maio, segundo os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A inflação subjacente, que exclui produtos alimentares não transformados e energéticos, registou igualmente uma variação de 2,4%.
No Alentejo, uma das regiões com maior estabilidade de preços, a principal nota de destaque vai para a evolução das rendas de habitação. De acordo com o INE, esta região apresentou a variação mensal mais elevada no valor médio das rendas por metro quadrado, com um aumento de 0,6%. No total nacional, a variação foi de 0,3%, mantendo a tendência do mês anterior. Em termos homólogos, a subida foi de 5,2% a nível nacional, com a Madeira a registar o maior acréscimo (7,1%).
Os preços dos produtos alimentares não transformados continuam a pressionar o índice, tendo acelerado pelo quinto mês consecutivo, com uma variação homóloga de 4,7%. Esta classe de bens foi uma das principais contribuidoras para o aumento do IPC, tal como a dos restaurantes e hotéis. Em sentido contrário, os produtos energéticos registaram uma queda homóloga de 1,3%, destacando-se a eletricidade, com uma redução de 3%, resultado do efeito de base associado aos aumentos registados em junho de 2024.
Em termos mensais, o IPC registou uma variação de 0,1%, abaixo do valor observado em maio (0,3%). A classe com maior contributo positivo foi a dos bens alimentares e bebidas não alcoólicas, com um aumento de 0,4%. Já a classe do lazer, recreação e cultura registou a maior contribuição negativa, com uma variação de -0,7%.
O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), utilizado para comparações europeias, registou uma variação homóloga de 2,1% em Portugal, valor 0,1 pontos percentuais acima da média da área do Euro. Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, a taxa homóloga do IHPC português foi de 2,1%, abaixo dos 2,4% estimados para a zona Euro.