
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou as Estatísticas Agrícolas 2022, revelando que o número de incêndios que deflagraram em Portugal ao longo do ano passado aumentou 26,8% em relação a 2021, atingindo um total de 10.439 ocorrências. Apesar do aumento, esse valor é ainda cerca de metade da média de incêndios registrados nos últimos 20 anos, fornecendo algum alívio em meio a esse cenário alarmante.
A área total ardida também foi impactante, atingindo 110,1 mil hectares no Continente e 0,09 mil hectares na região autónoma da Madeira. Comparado com os números de 2021, que foram de 28,4 mil hectares no Continente e 0,07 mil hectares na Madeira, podemos perceber o aumento significativo do problema em 2022.
Esses dados posicionam o ano de 2022 como o quarto ano mais severo da última década (2013-2022) em termos de área ardida, quase dobrando a média de área ardida no último quinquénio, que foi de 58,8 mil hectares. A autoridade estatística nacional salienta a gravidade desses resultados.
Além disso, as Estatísticas Agrícolas também revelam que o consumo aparente de fertilizantes recuou 37,2% em 2022. O INE explica que esse decréscimo pode ser atribuído ao aumento dos preços dos fertilizantes e corretivos, cujos índices de preços quase duplicaram em relação a 2021, aumentando 89,9%.
Embora os números referentes aos incêndios e à área ardida sejam alarmantes, é importante notar que houve uma diminuição no consumo de fertilizantes, o que pode ter implicações nas práticas agrícolas e no setor agrícola como um todo.
A situação dos incêndios em Portugal continua a exigir uma resposta abrangente e eficaz, com esforços contínuos para prevenção, gestão e combate aos fogos florestais.