
O projeto “Seeds of Change: Take Yours and Spread It” será apresentado publicamente em Guimarães entre os dias 28 e 30 de abril, numa programação que reúne oficinas, debates, experiências formativas e ações com forte impacto na comunidade escolar. A iniciativa é promovida pelo Palavras Infinitas – Núcleo de Inclusão, Comunicação e Media, com o apoio do Município de Guimarães, que assume o papel de investidor social.

Este é um projeto com raízes fundas: quer dar voz, protagonismo e ferramentas reais a jovens com deficiência, capacitando-os para participarem ativamente na sociedade, sem estigmas ou barreiras. O João, que sonha ser DJ mas é travado por estigmas ligados à sua cadeira de rodas, e a Inês, apaixonada por astronomia e autista, tantas vezes ignorada ou mal compreendida, são rostos simbólicos da realidade que o “Seeds of Change” quer transformar.
Esta iniciativa, integrada no programa Parcerias para o Impacto do Portugal Inovação Social, que mobiliza um total de 150 mil euros de financiamento para dois anos de trabalho no terreno, entre fevereiro de 2025 e janeiro de 2027.
“Este projeto é uma resposta que faltava. Os jovens com deficiência têm de ser vistos como agentes de mudança e não como destinatários passivos de apoio. Queremos ouvir, envolver e trabalhar com eles para uma sociedade mais justa e igual”, sublinham as técnicas Sofia Pires e Cláudia Pires, promotoras do projeto.
A programação da apresentação pública decorre no Instituto de Design de Guimarães e no Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG) e inclui momentos de formação, oficinas criativas e reflexão conjunta. Destaque para a participação das escolas Martins Sarmento, Francisco de Holanda, Santos Simões e Taipas, e para as presenças de entidades como o Centro de Vida Independente, a Adapt4You, além de autarcas e representantes institucionais.
No encerramento, no dia 30 de abril, será feita a apresentação formal do projeto, sendo também celebrados protocolos com as escolas envolvidas.
O “Seeds of Change” assenta num modelo de ação em três frentes: jovens, pares (familiares, técnicos e amigos) e sociedade em geral. “Não se trata de inspirar momentaneamente, mas de mudar estruturalmente. Começando por escutar. Depois, por agir”, concluem as responsáveis. Porque, como se lê no mote do projeto: “O João e a Inês não precisam de mudar para caber no mundo. O mundo é que precisa de abrir espaço.”