Hoje, mais de meia centena de escolas em Portugal estão encerradas devido à greve dos trabalhadores não docentes, revelou o Sindicato Nacional dos Profissionais da Educação (Sinape). Segundo um primeiro balanço do sindicato, a paralisação conta com uma adesão de 65% dos trabalhadores afetos às escolas.

Esta greve afeta assistentes operacionais, assistentes técnicos e técnicos superiores em escolas de todo o país.

O objetivo desta greve é chamar a atenção para a situação dos funcionários não docentes nas escolas, destacando problemas como carreiras desestruturadas e baixos salários. A maioria dos assistentes operacionais recebe apenas cerca de nove euros a mais do que o salário mínimo e leva para casa apenas 606,23 euros. O sindicato ressalta que muitos desses trabalhadores estão no 1.º escalão, mesmo após muitos anos de serviço.

Os assistentes técnicos no 1.º escalão recebem um rendimento líquido de 683,43 euros, enquanto os técnicos superiores recebem 918,68 euros.

O Sinape escolheu realizar esta greve na véspera da entrega do Orçamento de Estado no parlamento para destacar também a questão dos aceleradores de carreira desajustados, precariedade e falta de pessoal não docente nas escolas.

Esta paralisação ocorre três dias após uma greve de professores e educadores convocada pela plataforma de nove organizações sindicais, que inclui o Sinape, a Federação Nacional de Educação (FNE) e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof).

Esta greve de hoje é a terceira do atual ano letivo, que começou há menos de um mês e já enfrentou uma paralisação de uma semana nos primeiros dias, convocada pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (Stop) dirigida a professores e pessoal não docente.