O Gabinete de Prevenção e Investigação de Acidentes com Aeronaves e de Acidentes Ferroviários (GPIAAF) declarou hoje que “não há evidências” de que a aeronave envolvida no acidente junto à barragem de Montargil, em Ponte de Sor, estivesse autorizada a voar de acordo com os regulamentos nacionais.

A aeronave, um BRM Citius Sport, terá sido recentemente adquirida, e o piloto e proprietário apresentavam “experiência limitada” no manuseio da mesma. O GPIAAF indicou que o espaço aéreo na zona da pista privada onde a aeronave aterrou estava condicionado, não permitindo o sobrevoo sem coordenação prévia.

A tripulação não submeteu plano de voo nem manteve comunicações bilaterais com os serviços de informação de voo, conforme requisitos obrigatórios. O GPIAAF está conduzindo uma investigação para analisar os procedimentos de carregamento e centragem da aeronave, o treino do piloto, os procedimentos de planeamento operacional do voo, entre outros fatores.

O acidente resultou em ferimentos graves para os dois ocupantes da aeronave, de 32 e 39 anos. A investigação visa identificar fatores causais e contributivos para a emissão de recomendações visando a prevenção e melhoria da segurança na aviação civil. O relatório final será divulgado após a conclusão da investigação e do procedimento de audiência prévia às partes relevantes.