O Festival Jazz Manouche de Almada está de volta para a sua quarta edição, trazendo à cidade três dias de música, cultura e dança, entre 16 e 18 de maio. Organizado pela Alma Danada – Associação Criativa, com o apoio da Câmara Municipal de Almada e da União de Freguesias de Almada, Cova da Piedade, Pragal e Cacilhas, o evento destaca-se pela qualidade artística e pelo ambiente acolhedor que proporciona.

Inspirado pela herança do lendário guitarrista cigano Django Reinhardt e pelo espírito do Quinteto do Hot Clube de França, o festival aposta na valorização do jazz manouche — um estilo marcado pelo swing, pela improvisação e pela influência da tradição cigana.

No dia 16, sobe ao palco Mozes Rosenberg, reconhecido guitarrista cigano oriundo da famosa família Rosenberg. Com uma carreira internacional consolidada, Mozes distingue-se pelo virtuosismo técnico, sensibilidade interpretativa e um repertório que cruza standards de jazz, clássicos do jazz cigano e temas contemporâneos.

A 17 de maio, será a vez de Favino Lorier, jovem talento francês da comunidade cigana Manouche da Alsácia. Guitarrista e violinista, Favino assume uma abordagem autêntica e nostálgica do jazz cigano, resgatando sonoridades raramente ouvidas nas novas gerações. A sua carreira conta já com passagens por importantes festivais europeus e colaborações de renome.

O encerramento do festival, a 18 de maio, será protagonizado pelos Pompadelic Swing Orchestra, um coletivo recente, mas promissor, que aposta numa fusão energética entre a guitarra manouche, improvisação e um swing contagiante. Formado em 2023, o grupo prepara o lançamento do seu primeiro EP para 2025, com estreia marcada justamente no palco de Almada.

Ainda nesse dia, haverá uma aula aberta de dança vintage promovida pela Escola Blues & Swing Lisboa, especializada em lindy hop, jazz steps e outras danças da época do swing.

Mais do que um festival musical, o Jazz Manouche de Almada é uma celebração multicultural que promove o turismo, a educação artística e o comércio local, reforçando a ligação entre a cidade e as raízes do jazz cigano.