
Na última reunião de Câmara, o Partido Socialista sugeriu ao município de Famalicão que intervenha junto da Transdev no sentido «corrigir as falhas identificadas» na Rede Mobiave. Os vereadores do PS, pela voz de Paulo Folhadela, dizem ter encontrado lacunas com impacto nos utilizadores, nomeadamente da parte dos estudantes. Falavam de alunos que têm de mudar de autocarro a meio do percurso e de horários desencontrados.
Apesar de reconhecerem como positivo o arranque da rede Mobiave, que aconteceu no dia 1 de abril (cerimónia para a qual lamentam não terem sido convidados), os vereadores do PS dizem ter recebido diversas queixas, nomeadamente para a Escola Dr. Nuno Simões. «A substituição da antiga Linha 41 pelas linhas 250, 353 e 462, considerada suficiente pela Câmara Municipal, não está a corresponder às expectativas dos encarregados de educação e da comunidade escolar», especificam.
O PS cita, ainda, o caso dos alunos da União de Freguesias de Esmeriz e Cabeçudos, que para acederem à Escola D. Sancho I têm de mudar de autocarro a meio do percurso ou percorrer a pé cerca de 850 metros, «uma situação impraticável, especialmente em dias de chuva ou com o congestionamento matinal que se verifica diariamente no centro da cidade. A tentativa de calcular horários “ao minuto” ignora as condicionantes reais da mobilidade urbana», aponta.
O PS sugeriu que todos os autocarros contribuam para a sustentabilidade ambiental (elétricos ou com soluções baseadas a gás natural).
Este tema foi levantado na reunião de Câmara, desta quinta-feira, e, na altura, o presidente da Câmara assumiu que há ajustes a fazer numa rede que mudou muito, em área abrangida (Famalicão, Santo Tirso e Trofa), no número de quilómetros, de paragens, autocarros e na mudança de horários. O edil disse que estão a ser ouvidas as escolas, associações de pais e utilizadores no geral, no sentido de colmatar as lacunas.