
A exploração de lítio no concelho de Pampilhosa da Serra não vai avançar, revela em nota a autarquia.
“Recebemos um ofício da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) a dar conta que, por desinteresse da empresa que estava a liderar o processo, foi arquivado o pedido de pesquisa e prospeção de lítio e outros materiais, numa área que abrangia uma parte significativa do concelho”. A novidade foi partilhada pelo presidente da Câmara, Jorge Custódio, no decorrer a reunião de câmara descentralizada em Dornelas do Zêzere, uma das localidades do concelho potencialmente afetada pela exploração de depósitos minerais que foi projetada ao longo da Bacia do Rio Zêzere.
“A Câmara Municipal e a Assembleia, ambas por unanimidade, já se tinham manifestado contra a possibilidade de prospeção, mas tínhamos consciência de que havia um risco que não era controlado por nós”, disse Jorge Custódio, acrescentando que “é uma grande alegria não ter de enfrentar este problema nos próximos anos e garantir que vamos continuar a manter a nossa serra a as nossas freguesias no seu estado mais puro”.
Este arquivamento, surge na sequência de um pedido de parecer efetuado pela DGEG em junho de 2022, após requerimento da empresa Fortescue Metal Group, acerca da atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de depósitos minerais, numa área situada nos concelhos de Castelo Branco, Covilhã, Fundão, Oleiros e Pampilhosa da Serra.
No concelho de Pampilhosa da Serra, Dornelas do Zêzere, Portela de Unhais, Barragem de Santa Luzia e Janeiro de Baixo, seriam alguns dos pontos “tocados” por esta exploração a céu aberto, que iria arruinar o património natural envolvente e causaria graves danos ambientais.