John Romão foi empossado esta terça-feira como diretor artístico da associação Évora_27, numa cerimónia na cidade alentejana.

Aos jornalistas destacou que «podem esperar de mim um grande compromisso com o projeto e com o Alentejo», uma vez que cessou as suas funções com o projeto Futurama, no Baixo Alentejo.

«É importante também pensarmos que o resultado e o sucesso de um projeto, é uma reunião de esforços de uma equipa que está cada vez mais coesa», acrescentou, dizendo ainda que resulta também de «uma relação de proximidade com os artistas da região, as associações, as coletividades e as parcerias».

Sublinhou que já há «parcerias desenhadas», não só a nível regional e nacional, mas «também internacionais». Contudo, vincou que a população tem de ser «agente ativo» na «construção» da Capital Europeia da Cultura.

Assim, revelou estar «desejoso» de começar a trabalhar, até para «começar a agendar os primeiros encontros com todos os intervenientes que estão no bidbook».

Desta forma, quer «conhecer todas as entidades culturais aqui de Évora, sobretudo», numa ótica de «abrir diálogo, que é algo fundamental, e pensarmos como podemos reforçar ainda mais esta participação das comunidades locais».

Porém frisou também que pretende juntar todas as Comunidades Intermunicipais do Alentejo, porque «pensar Évora é pensar numa escala regional e acho que este sentido de união vai reforçar a identidade do povo alentejano e do vagar».

Algo que pode «também sinalizar Évora como um farol essencial na cultura».

John Romão realçou que «é sempre um desafio começar», mas que gosta de «desafios» e que seu percurso «tem sido pautado» por eles.

No entanto, «não estou a começar do zero», porque «já há muita coisa a acontecer».

«É um privilégio poder ser eu a dar continuidade a tantas vozes, ideias e criatividade que foi consolidada num bidbook», complementou o agora diretor artístico.

Questionado em relação às críticas dos timings apertados, sublinhou que isso é «uma abstração» e que «faltaria pouco tempo mesmo se tivéssemos começado há um ano».

«Aquilo que eu posso dizer é que estou habituado, em outros projetos também de grande escala, a trabalhar com espectros temporais semelhantes», referiu ainda.

Para tal, John Romão aclarou também que vão ser abertas «três open calls em breve»: «Uma open internacional, uma open call regional para as associações e coletividades locais e para festivais do Alentejo».

Assim, «vamos cumprir com o que estava previsto no bidbook» e «o que me interessa muito é como é que deixámos este legado também de infraestrutura criadas e consolidadas, para que os agentes culturais e artísticos do Alentejo possam continuar a criar».