
O Papa Francisco morreu esta segunda-feira, dia 21 de abril, tendo feito a sua última aparição neste domingo de Páscoa, na Basilica de São Pedro.
Quem teve a oportunidade de ver a sua breve aparição, pôde ver um Santo Padre «particularmente debilitado», segundo Tiago Abalroado, presidente da Fundação UNITATE, em declarações a’ODigital.pt.
«Era evidente, até pelo facto de tanto a mensagem da bênção que teve de ser lida por o mestre de cerimónias, depois também mesmo a própria bênção em si foi proferida com dificuldade», referindo-se ao momento da Eucaristia.
Ainda assim, Tiago Abalroado sentiu «paz, acima de tudo», numa viagem com o objetivo de «poder estar próximo do Santo Padre e viver aqui as celebrações da Semana Santa».
«Foi uma oportunidade que concretizámos e sentimos proveito espiritual, em que sentimos a união com Santo Padre», acrescentou.
Em relação ao pontificado que agora termina, o presidente sublinhou que o Papa Francisco «caracterizou o seu pontificado por promover uma Igreja aberta a todos e sem exceção» e que isso «trouxe à Igreja muitas pessoas que se encontravam um pouco afastadas e que viram nele a figura do verdadeiro Pastor».
«É muito marcado por essa abertura da Igreja a toda a gente, muito numa ótica de contágio e de levar esta mensagem de paz a todo o lado», complementou, dizendo ainda que «isto fez com que as pessoas se aproximassem, mesmo aqueles que não são católicos ou não têm qualquer religião».
Tiago Abalroado vincou também que Francisco «conseguiu captar essa atenção» com «gestos de humildade», o que fez com que «criasse propriedade e legitimidade».
Com elas, «transmitiu, a toda a gente, esta mensagem de paz e de amor, que é a mensagem do Evangelho, mas, ao mesmo tempo, também deve prevalecer nos valores de qualquer pessoa, independentemente da sua religião».
Porém, destacou que vai «difícil suceder» ao Papa Francisco, assim como foi a João Paulo II, pois «tiveram muita proximidade com o povo»: «Deixam sempre esta saudade e este marco».
«O Papa Francisco deixará, sem dúvida, esta capacidade mobilizadora dos jovens, dos mais velhos e das diferentes confissões religiosas», realçou, dizendo ainda que «deixa-nos com esta saudade de que perdemos um pai».