Na sequência de informações imprecisas que geraram confusão entre os munícipes, a Câmara de Coimbra, a Metro-Mondego e a Infraestruturas de Portugal emitiram um esclarecimento sobre o encerramento do Túnel do Choupal, intervenção prevista no âmbito da construção do troço Portagem–Coimbra B do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM).

Segundo o comunicado conjunto, a decisão de intervir no túnel, situado junto à Ponte Açude, remonta a 2019. A medida foi tomada pelo município devido à impossibilidade de criar uma passagem de nível ferroviária no local. Nessa altura, foi reduzida a faixa de rodagem e criado um passeio pedonal, com recurso a um sistema semafórico para permitir o tráfego alternado.

A eliminação do túnel, agora em curso, já estava contemplada no projeto inicial do Metrobus e consta do estudo prévio aprovado pela autarquia em março de 2019.

Com a cessação do tráfego ferroviário, será implementada uma nova travessia de nível, regulada por semáforos, que permitirá retomar a circulação nos dois sentidos em simultâneo. A nova infraestrutura visa aumentar significativamente a fluidez do trânsito, prevendo-se que a interrupção para passagem do Metrobus ocorra apenas a cada três minutos nos períodos de maior tráfego.

Além disso, o novo traçado irá beneficiar os peões, oferecendo circuitos planos e acessíveis, eliminando as atuais escadas e passeios inclinados.

A intervenção inclui ainda a requalificação urbana da zona envolvente, com reorganização da circulação rodoviária, criação de áreas verdes, melhoria dos acessos pedonais e integração funcional com a rede de transporte público que serve a zona norte de Coimbra.

Apesar do encerramento do túnel, a ligação entre o Choupal/Ponte Açude e a Avenida Fernão de Magalhães será mantida e reforçada. Durante a fase de obras, essa ligação continuará assegurada através da Rua Pinto dos Santos, por onde circulam os autocarros de transbordo entre Coimbra B e outras zonas da cidade.

A intervenção está integrada no novo Plano de Pormenor da ligação Coimbra B – Portagem, elaborado pelo arquiteto Juan Busquets e aprovado pelo atual executivo municipal. O plano prevê uma qualificação profunda do espaço público e uma integração urbana harmoniosa da zona.

A Metro-Mondego e o Município de Coimbra reafirmam o compromisso com soluções de mobilidade sustentáveis e eficientes, destacando que os benefícios da intervenção serão sentidos assim que o novo sistema entrar em funcionamento.