Maria Burgos, diretora dos Serviços de Apoio à Investigação e Desenvolvimento do Instituto Politécnico de Leiria, foi condenada a uma pena suspensa de dois anos e dois meses de prisão por violência doméstica contra o filho de 12 anos.

A sentença, recentemente confirmada pelo Tribunal da Relação de Coimbra, inclui ainda o pagamento de uma indemnização de dois mil euros ao menor, revela o Jornal de Notícias.

Os episódios de agressão ocorreram em abril e julho de 2023, durante os fins de semana em que a criança, que vive com o pai, ficava sob a guarda da mãe, de 15 em 15 dias. Segundo o processo, Maria Burgos agrediu fisicamente o filho por diversas vezes: numa ocasião, desferiu-lhe cinco estalos na cara por não ter gostado da resposta que deu durante uma conversa sobre a madrasta; noutra, chamou-lhe “burro” e afirmou que ele “não valia nada” por ter tirado más notas.

O tribunal considerou ainda provado que, após o filho ter recusado responder sobre o que fizera durante o dia, a arguida lhe deu uma bofetada enquanto gritava que o ia matar. Mais tarde, levou o menor a um pinhal e ameaçou bater-lhe com um pau.

O JN tentou ouvir, desde segunda-feira, Maria Burgos, através do Gabinete de Comunicação do Politécnico de Leiria, para onde foi nomeada, em regime de substituição, em 2024, para o cargo de diretora, mas sem sucesso.