
A campanha de comercialização da cortiça de 2025 prossegue nas regiões do Alentejo, Ribatejo e Península de Setúbal com uma quebra de 13,3% no valor médio das cotações, face à campanha do ano anterior. Os dados constam da 26.ª edição da Newsletter Cortiça, divulgada pelo Sistema de Informação de Mercados Agrícolas (SIMA), relativa à semana de 23 a 29 de junho de 2025.
A cotação média nacional da cortiça amadia em pilha manteve-se estável face à semana anterior, fixando-se nos 27,4 euros por 15 quilogramas. Ainda assim, a descida homóloga acentuada reflete um mercado com oferta média e uma procura classificada entre baixa e média, segundo a mesma fonte.
A qualidade da cortiça transacionada nas áreas de mercado do Alentejo é descrita como média a boa.
Comércio internacional com ligeira recuperação
No primeiro quadrimestre de 2025, Portugal exportou 27 031 toneladas de cortiça, mais 1% do que no mesmo período de 2024. Em termos de valor, as exportações atingiram 342,5 milhões de euros, o que representa um acréscimo de 2% face ao ano anterior.
O saldo comercial português do setor da cortiça manteve-se positivo, situando-se nos 343 milhões de euros. A cortiça aglomerada e respetivas obras continuam a representar a maior fatia das exportações, com um total de 216,6 mil toneladas exportadas e um crescimento de 8% em valor.
Já as exportações de cortiça natural em bruto registaram uma queda de 17% em tonelagem e 57% em valor, refletindo a menor valorização desta categoria no mercado internacional.
Importações em queda
Entre janeiro e abril de 2025, Portugal importou 50 629 toneladas de cortiça, menos 12% do que no mesmo período de 2024. Esta redução refletiu-se também no valor das importações, que desceu 0,1% para 393,1 milhões de euros.