
O Lusitano de Évora recebeu este domingo o Fátima, em jogo a contar para a 1ª jornada da fase de subida à Liga 3, do Campeonato de Portugal.
Uma daquelas partidas que quem joga em casa, mostra quem manda. Vitória expressiva por consistentes 3×0 para mostrar quem se posiciona claramente para subir e quem se assume como candidato.
Aula de “começos”
O Lusitano não teve uma entrada exuberante, mas fatalmente eficaz. Isto porque, entrou com calma, à procura do espaço que o Fátima ia dando – e era muito mesmo.
Claramente um jogo de aposta nas alas, com Miguel Lopes e Sele Davou a serem muito solicitados. Tanto que foi do primeiro que surgiu o golo que inaugurou o marcador, depois de uma jogada incrível do segundo.
O nigeriano conseguiu desmarcar-se nas costas do ala esquerdo adversário e o extremo esquerdo apanhou a bola à meia-volta e só teve de encostar. O Campo Estrela rebentava pela primeira vez aos 7 minutos.
Pouco depois, aos 12’, Tiago Baptista teve um golo anulado e aos 26’ Sele Davou conseguiu “molhar a sopa”, depois de um contra-ataque fortíssimo, que começou lá atrás com Duarte Martins.
Com meia dúzia de toques, os adeptos verdes e brancos voltaram a pular de alegria nas bancadas.
Gestão incisiva
Pedro Russiano não inventou nas escolhas para esta partida, apostando naquilo que lhe concebeu o primeiro lugar na fase regular do campeonato.
Um 4x3x3 tremendamente capaz e incisivo em tudo aquilo que ia fazendo dentro das quatro linhas neste encontro. A calma e a gestão dos minutos foi tanta que Duarte Martins apenas teve de se preocupar uma ou duas vezes, mas sem ter de “sujar a roupa”.
Ora por cima, ou ao lado, o guardião foi quase que um mero espectador no primeiro tempo. O primeiro remate do Fátima? Só aos 15 minutos. O segundo? Já perto da meia hora.
É melhor rezar
Se as coisas já não estavam a correr de feição para os jogadores do Fátima, a expulsão de Alexandre Silva aos 37, ainda piorou a situação.
Se aparentemente já não iam tendo pernas para aguentar a pressão lusitanista, agora muito menos. Era melhor rezar para que as coisas não piorassem na segunda parte, mas o técnico optou por alterar duas peças ao intervalo.
Assim, estabeleceu-se uma linha de três defesas, com dois médios e dois alas, com dois avançados, um deles mais móvel. Havia mais espaço para cobrir, depois da expulsão.
Nada encaixa
No entanto, foi tudo ao lado. É certo que começaram a criar mais perigo, mas o Fátima teve de se adaptar para agir, não para reagir. Começou o Lusitano a contra-atacar, principalmente depois de passes mal executados.
Contudo, nada parecia resultar para os lados dos equipados de grená. Aos 64 minutos, Sele Davou voltou a mostrar o porquê de ser um dos preferidos de Pedro Russiano, com um golo que culminou uma jogada que ele próprio começou.
Tudo corre bem
É verdade que todos os jogos são diferentes e que pouco se deve fazer comparações, mas também seria expectável um grau de exigência superior. Apenas corresponderam os da casa e isso refletiu-se em campo.
A tática montada já tinha mostrado provas de que era eficaz. Os jogadores já se conheciam. As jogadas pareciam que corriam sempre bem, parecia que tinham sido assim ensaiadas nos treinos. Até os resaltos pareciam ensaiados.
Entrada de líder e de quem, destacadamente, quer subir. Aspirações que em nada são impossíveis de alcançar, principalmente depois de ter mostrado um nível elevado neste encontro.
Lusitano GC | CD Fátima |
3 | 0 |
Miguel Lopes (7′) Sele Davou (26′ e 64′) |