O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, foi agraciado com o Prémio da Paz Félix Houphouët-Boigny, atribuído pela UNESCO, durante uma cerimónia oficial realizada ontem, dia 22 de maio, em Abidjan, na Costa do Marfim.

O prémio, criado em homenagem ao primeiro presidente da Costa do Marfim, distingue indivíduos ou instituições que tenham dado contribuições significativas para a causa da paz.

Costa foi premiado em outubro de 2024, pelo seu trabalho contínuo na promoção da paz, do diálogo e do desenvolvimento sustentável, num mundo marcado pela instabilidade e pelo conflito.

Ao receber o prémio, António Costa sublinhou a importância de “construir pontes – e não muros – entre povos e nações” e destacou a responsabilidade partilhada da Europa e da África na promoção da paz, proteção dos direitos humanos e defesa do multilateralismo.

“Este prémio não é uma recompensa, mas um renovado apelo à ação”, afirmou o Presidente do Conselho Europeu. “Juntos, devemos ser uma força do bem para as gerações futuras.”

Além da cerimónia, António Costa aproveitou a sua estadia em Abidjan para se reunir com o Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, durante o encontro, os dois líderes discutiram temas relacionados com a estabilidade regional, o fortalecimento das relações bilaterais e os preparativos para a próxima cúpula entre a União Europeia e a União Africana, agendada para o final deste ano.

O prémio, que inclui uma componente financeira, será integralmente doado por António Costa a uma organização que promova valores de solidariedade e dignidade, em linha com os princípios do prémio.

Durante a sua visita, Costa e Ouattara também abordaram a parceria estratégica entre a União Europeia e a Costa do Marfim, com foco no desenvolvimento económico, segurança regional e governança democrática.

A União Europeia é o principal parceiro económico da Costa do Marfim, com investimentos superiores a 2 mil milhões de euros, através de iniciativas como a Global Gateway e os projetos da Equipa Europa.

Esta distinção representa um marco importante na trajetória política de António Costa e reforça o compromisso da União Europeia com a paz, a estabilidade e o desenvolvimento sustentável no continente africano.