A respeito da atual crise política, com cenário de eleições antecipadas para o Governo, o presidente da AEMinho pede responsabilidade e que seja colocado o interesse do país em primeiro lugar.

«A economia, as empresas e os trabalhadores precisam de foco dos seus governantes no progresso, no funcionamento eficiente das instituições e do Estado e no crescimento económico. Crescer é a nossa grande meta e não o conseguiremos fazer com estes constantes atropelos à credibilidade e normal funcionamento das instituições. Rigor com lisura, com foco e espírito de cooperação para que possamos construir um país próspero, onde se viva melhor, capaz de atrair talento e projetar um futuro mais sólido para os nossos filhos», escreve Ramiro Brito.

Não é exequível exigir a um Primeiro-Ministro que toda a sua família deixe de trabalhar onde trabalhava, para que ele seja Primeiro Ministro. Portanto, tudo isto foi claramente exagerado e está revestido de um jogo político, onde, na nossa opinião, todas as partes se portaram mal

O presidente da AEMinho diz que «faz sentido que o Primeiro-Ministro dê explicações, quando lhes são pedidas, sobre como a sua empresa desenvolveria atividades». Mas, realça que uma «empresa, por si, como uma entidade que é detentora de personalidade jurídica, tem o direito ao sigilo dos seus clientes». Acrescenta que «não é exequível exigir a um Primeiro-Ministro que toda a sua família deixe de trabalhar onde trabalhava, para que ele seja Primeiro Ministro. Portanto, tudo isto foi claramente exagerado e está revestido de um jogo político, onde, na nossa opinião, todas as partes se portaram mal», analisa Ramiro Brito.