"Este movimento não aconteceu agora, mas provavelmente a 'intelligence' moçambicana estava virada para o inimigo histórico -- a Resistência Nacional Moçambicana [Renamo]- e não se apercebeu destes grupos radicais que já atuavam entre Nampula e Cabo Delegado", sublinhou, em declarações à Lusa, o diretor académico da Universidade Técnica de Moçambique (UDM).

A onda de violência na província de Cabo Delgado (dois mil quilómetros a norte de Maputo, no extremo norte de Moçambique, junto à Tanzânia) ganhou projeção mediática após um ataque armado a postos de polícia de Mocímboa da Praia, em outubro de 2017, e desde então foram noticiados dezenas de ataques que provocaram a morte a cerca de 100 pessoas, de acordo com números oficiais.