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Horas "difíceis e cheias de ansiedade", assim descrevia o comandante naval de Angola em junho de 1961 a situação vivida pelas forças da Marinha de Guerra num relatório secreto dirigido ao chefe do Estado-Maior da Armada.
"Deslocada para Catete a última companhia branca, ficámos quase sós para enfrentar a situação que as informações desanimadoras e terroristas davam como muito grave", escrevia o comandante José Mexia Salema no documento, agora desclassificado, em que informava a hierarquia militar sobre a mobilização dos recursos disponíveis, face aos avanços da guerrilha angolana.
Desde o início do ano que a violência tinha eclodido em Angola, com ataques como o de 04 de fevereiro em Luanda, com o assalto a vários edifícios oficiais (cadeia, postos de polícia e emissora nacional).