Esta campanha, que teve início em 04 de março, decorreu sob a direção do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), em cooperação com o Instituto Espanhol de Oceanografia (IEO).

Conforme explicou o Governo, num comunicado divulgado no início de março, esta operação é "muito importante" para a avaliação do 'stock' da sardinha, tendo em conta os "bons indicadores" obtidos na campanha realizada no último trimestre.

"O redobrado esforço que desde 2015 tem sido feito na investigação, com a realização de duas campanhas científicas anuais e a concretização do projeto específico de investigação (Sardinha 2020), trouxe bons indicadores sobre a estratégia de recuperação e da gestão sustentável da sardinha", apontou, na mesma altura, o ministério liderado por Ricardo Serrão Santos.

O último relatório do Conselho Internacional para a Exploração do Mar (ICES, na sigla em inglês) revelou que a biomassa de sardinha com um ou mais anos recuperou 52% entre 2015 (117,9 mil toneladas) e 2019 (179,4 mil toneladas).

Para o Governo estes resultados confirmam a "eficácia dos esforços" desenvolvidos por Portugal e Espanha, no âmbito de um plano de gestão plurianual conjunto, que ajustou as possibilidades de pesca ao estado do recurso, tendo em conta os pareceres científicos.

"O Governo reafirma que sustentará a fixação de medidas de gestão e limites de captura em consonância com os pareceres científicos e os objetivos de gestão previstos na Política Comum de Pesca, ponderando os impactos económicos e sociais, mas procurando assegurar a recuperação sustentável do recurso sardinha", concluiu.

Em dezembro, o executivo assegurou que ainda não estavam "reunidas as condições" para definir as possibilidades de pesca da sardinha para 2020, sublinhando que, em conjunto com Espanha, formalizou a apreciação de uma regra de exploração que seja precaucionária.

Para 2019, os governos estabeleceram, com a Comissão Europeia, um limite de pesca de 10.799 toneladas para os dois países, das quais 7.181 correspondem a Portugal.

No entanto, tendo em conta os resultados do cruzeiro da primavera de 2019, a evolução do recurso, uma abordagem precaucionária na sua exploração e o impacto social da Política Comum de Pescas, foi decidido aumentar em 1.800 toneladas as possibilidades de pesca da sardinha na segunda parte do ano.

No total, a frota portuguesa ficou autorizada a capturar até nove mil toneladas de sardinha.

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