Uma descoberta recente revelou que oito condições psiquiátricas têm uma base genética comum, com variantes específicas identificadas entre esses genes partilhados.

Estas variantes permanecem ativas por longos períodos de tempo, influenciando vários estágios de desenvolvimento do cérebro e abrindo portas para tratamentos inovadores.

Segundo o geneticista Hyejung Won, da Universidade da Carolina do Norte, as proteínas produzidas por esses genes estão interligadas, podendo causar efeitos generalizados no cérebro. Em 2019, uma equipa internacional identificou 109 genes conectados a oito transtornos psiquiátricos, como autismo e esquizofrenia, explicando a sua coocorrência e agregação familiar.

Os investigadores compararam genes únicos e partilhados entre os distúrbios, identificando 683 variantes genéticas que afetam a regulação genética. Essas variantes, chamadas pleiotrópicas, podem ser alvo de tratamentos direcionados, potencialmente beneficiando milhões de pessoas com condições psiquiátricas.

Com a estimativa da Organização Mundial da Saúde de que 1 em cada 8 pessoas vive com uma condição psiquiátrica, compreender a base genética comum desses transtornos pode revolucionar a terapia disponível.