"As medidas [disciplinares] vão ser tomadas em função do nível de gravidade e envolvimento de cada funcionário", disse a diretora geral do Inatter, Ana Paula Simões, em Maputo.

Os 28 suspeitos são funcionários do Inatter afetos à cidade e província de Maputo, no sul de Moçambique.

Os processos surgem na sequência de uma publicação do Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental moçambicana, que divulgou em setembro uma investigação sobre alegados casos de corrupção no Inatter, em Maputo.

Segundo o relatório, o esquema envolvia também funcionários das escolas de condução e as cartas de condução eram alegadamente vendidas por cerca de 50 mil meticais (730 euros), sem que, no entanto, o titular tenha passado por uma escola de condução, como determina a legislação.

A situação torna-se mais relevante devido aos elevados níveis de sinistralidade rodoviária em Moçambique, destacava, na altura, o CIP.

Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram uma ligeira redução das mortes por acidentes de viação nas estradas moçambicanas nos últimos dois anos, tendo o país passado de 1.254 óbitos em 2018, para 1.354 em 2017, mas os números continuam a preocupar as autoridades.

EYAC // LFS

Lusa/Fim