As fontes explicaram que a data do encontro, que chegou a estar previsto para quarta-feira, foi dada a conhecer à coligação pela Presidência da República.

"Devem participar na reunião os presidentes das forças políticas da coligação, liderados por Xanana Gusmão", disseram à Lusa fontes do Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT).

A audiência foi solicitada na semana passada pela coligação de maioria parlamentar anunciada pelo líder histórico timorense Xanana Gusmão, como possível solução para ultrapassar a atual crise político.

A nova coligação, liderada pelo Congresso Nacional da Reconstrução Timorense (CNRT), de Xanana Gusmão, integra 34 dos 65 deputados do parlamento nacional e foi construída na sequência da crise provocada pelo chumbo do Orçamento Geral do Estado timorense para 2020.

Além de contar com o apoio dos 21 deputados do CNRT, maior partido da atual coligação do Governo, a nova aliança inclui ainda os cinco deputados do Kmanek Haburas Unidade Nacional Timor Oan (KHUNTO) e os cinco do Partido Democrático (PD).

Fazem ainda parte da nova coligação os três deputados dos partidos mais pequenos no parlamento, Partido Unidade e Desenvolvimento Democrático, Frente Mudança e União Democrática Timorense.

De fora ficam apenas a Fretilin, maior partido no parlamento, com 23 deputados, e o Partido Libertação Popular (PLP), do atual primeiro-ministro, Taur Matan Ruak, com oito lugares.

A reunião ocorre numa altura em que o Governo está demissionário, depois do primeiro-ministro ter apresentado a sua demissão ao Presidente da República há mais de uma semana.

O chefe de Estado, Francisco Guterres Lu-Olo, ainda não anunciou se aceita ou não o pedido de demissão mantendo-se o Governo em funções com plenos poderes.

A legislação timorense não prevê a existência de Governos de gestão não configurando qualquer limitação aos poderes do executivo mesmo em caso de demissão.

 

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