
"Estamos absolutamente calmos. A equipa da economia está calma porque sabe lidar com situações de crise que já foram experimentadas várias vezes", afirmou o ministro para repórteres brasileiros, em Brasília.
Guedes deu esta declaração depois que a Bolsa de Valores de São Paulo, que nas últimas semanas entrou em colapso devido ao impacto do coronavírus na economia mundial, abriu com uma queda de mais de 10% devido à crise desencadeada no mercado global de petróleo.
"Temos que manter a serenidade absoluta e a melhor resposta à crise são as reformas", afirmou o ministro que acrescentou que nos próximos dias enviará ao Congresso brasileiro uma série de propostas para rever a estrutura tributária e a administração pública.
A economia brasileira, que adotou um curso totalmente liberal desde a posse do Presidente, Jair Bolsonaro, em janeiro de 2019, cresceu apenas 1,1% no ano passado, resultado insuficiente após a expansão de 1,3% registada em 2017 e 2018 e após uma queda profunda de sete pontos percentuais no período de recessão registado entre 2015 e 2016.
Segundo Guedes, isso foi resultado de um cenário internacional incerto, no qual o aparecimento do coronavírus foi "a gota de água" que fez transbordar o copo.
"A Índia reviu seu crescimento para baixo, a China fez o mesmo. O mundo está em desaceleração e agora o coronavírus está chegando, o que acelerou esta queda e deixa a economia internacional em um momento crítico", avaliou Guedes.
O ministro brasileiro afirmou que "o Brasil tem sua própria dinâmica de crescimento", que será mantida enquanto o Congresso colaborar com a aprovação das reformas estruturais necessárias.
CYR // PJA
Lusa/Fim